O Supremo Tribunal Federal autorizou a quebra dos
sigilos fiscal e bancário de dois advogados de investigados na Operação Lava
Jato e outras 20 pessoas e empresas. De acordo com matéria do Jornal Nacional,
o STF pediu informações ao Banco Central e à Receita Federal. Quer dados sobre
os advogados Fernando Neves, que defende o senador Fernando Collor de Mello, na
investigação da Operação Lava Jato no STF; e também sobre Michel Saliba, que
tem seis clientes na operação Lava Jato, entre eles o vice-presidente da
Câmara, Valdir Maranhão.
Os delatores da operação Alberto Youssef e Rafael
Angulo citaram os nomes dos dois advogados. Acusaram os dois de recebimento de
propina.Rafael Angulo disse que fez vários repasses ao advogado Michel Saliba.
Youssef disse que pediu para construtoras investigadas repassarem R$ 560 mil ao
advogado Fernando Neves. E que a origem do dinheiro seria uma propina de mais
de R$ 7 milhões.
Ainda segundo o jornal, cerca de 20 pessoas e
empresas tiveram os sigilos fiscal e bancários quebrados entre 2006 e 2014. As
empresas são ligadas a políticos. E entre as pessoas está o ex-ministro Mario
Negromonte.
O advogado Fernando Neves disse que pediu acesso ao
Supremo, mas ainda não teve acesso a informações oficiais.
O advogado Michel Saliba diz que confia na Ordem
dos Advogados do Brasil como guardiã das prerrogativas dos advogados.
Em nota, a OAB disse que a Constituição assegura o
sigilo dos honorários advocatícios. E que vai levar esse tema ao plenário do
Supremo o quanto antes.
Com informações do site Globo.com
Redação Bocão News
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