O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e o Palácio do Planalto intensificaram ontem as
articulações para salvar o mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), no Conselho de Ética.
De acordo com reportagem do jornal O
Estado de S. Paulo, a moeda de troca nesse jogo é a garantia de que Cunha não
avançará nenhuma casa no tabuleiro rumo à abertura do processo de impeachment
da presidente Dilma Rousseff.
Lula desembarcou nesta quarta-feira
(14) em Brasília e vai se reunir nesta quinta (15) novamente com a presidente
Dilma Rousseff (PT). O petista quer que deputados do PT fechem acordo com
outros partidos da base aliada para barrar a investigação contra Cunha, no
Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar.
Um dia depois de o Supremo Tribunal
Federal ter concedido três liminares que suspenderam o rito acertado por Cunha
com a oposição para dar andamento ao impeachment, o peemedebista passou a ser a
"noiva" cortejada tanto pelo Planalto como por adversários de Dilma
no Congresso.
Cunha disse que não estendeu a
bandeira branca nem vai bombardear o Planalto. "Não há nem guerra nem
trégua. O que há é que eu tenho de cumprir a minha função. Se minhas decisões
podem significar guerra para uns e trégua para outros, é uma questão de
interpretação. Até agora, não fiz nada diferente daquilo que falei que iria
fazer", afirmou ele.
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