Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews) | Fotos: Reprodução
Após as inúmeras ofensas publicadas à jornalista Maria Júlia Coutinho,
Maju, a moça do tempo do Jornal Nacional, o Ministério Público, pediu mais
rigor nas investigações dos responsáveis. A jornalista foi vítima de frases
racistas na página do Facebook do JN. De acordo com matéria do site O Dia
– Rio, A Coordenadoria pediu, nesta sexta-feira (3), rigor na investigação da
Polícia Civil no caso de preconceito contra a jornalista.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) está
investigando o caso para chegar aos autores das falas racistas. Leia a nota do
MP publicada pelo “O Dia – Rio”.
'Diante das inúmeras ofensas publicadas à jornalista Maria Júlia
Coutinho na página do “Jornal Nacional” no Facebook, o Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos,
solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor,
junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI)'.
Em resposta aos ataques, Maria Júlia deu a seguinte declaração ao vivo
no JN:
"Estava todo mundo preocupado. Muita gente imaginou que eu estaria
chorando pelos corredores, mas na verdade é o seguinte, gente: eu já lido com
essa questão do preconceito desde que eu me entendo por gente. Claro que eu
fico muito indignada, fico triste com isso, mas eu não esmoreço, não perco o
ânimo, que eu acho que é isso que é o mais importante. Eu cresci numa família
muito consciente, de pais militantes, que sempre me orientaram. Eu sei dos meus
direitos. Acho importante, claro, essas medidas legais serem tomadas, até para
evitar novos ataques a mim e a outras pessoas. Eu acredito que isso é muito
importante.
E agora eu quero manifestar a felicidade que eu fiquei, porque é uma
minoria que fez isso. Eu fiquei muito feliz com a manifestação de carinho
mesmo, como vocês disseram. Eu recebi milhares de e-mails, de mensagens. Acho
que isso que é o mais importante. E a militância que eu faço, gente, é com o
meu trabalho, é fazendo o meu trabalho sempre bem feito, sempre com muito
carinho, com muita dedicação, com muita competência, que eu acho que é o mais
importante. E, pra finalizar, Bonner e Renata, é o seguinte: os preconceituosos
ladram, mas a caravana passa. É isso".
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