"Matéria
constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada NÃO pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa", disse o
ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, pelo Twitter.
A frase se refere à manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB -RJ) de permitir a análise de uma emenda para conseguir aprovar a
proposta de redução da maioridade penal em crimes graves de 18 para 16
anos.
Barbosa,
que ficou famoso pela sua atuação como relator no julgamento da Ação Penal 470,
o Mensalão, disse que a "pedalada regimental" de Cunha fere o artigo
60, parágrafo 5º da Constituição brasileira. Ele já havia se posicionado contra
a medida, dizendo também no Twitter que quem conhece as prisões brasileiras não
apoia essa "insensatez" de reduzir a
maioridade. "Maioridade penal: eu apoio integralmente a posição do
governo federal, contrária à redução da maioridade penal. Estão brincando com
fogo", disse.
Na
madrugada desta quinta-feira (2), a medida foi aprovada para o caso de crimes
hediondos (estupro, sequestro, latrocínio, homicídio qualificado e outros),
homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A emenda que permitiu a
reavaliação da proposta pelos parlamentares foi dos deputados Rogério Rosso
(PSD-DF) e Andre Moura (PSC-SE), deixando de fora da redução da maioridade
outros crimes, como roubo com causa de aumento de pena, tortura, tráfico de
drogas e lesão corporal grave. Esses crimes constavam do substitutivo da
comissão especial para a matéria, rejeitado na madrugada desta quarta-feira
(1º).
Quem
também criticou a aprovação da Proposta foi o deputado Paulo Pimenta (PT - RS).
"Se a Câmara hoje fosse o Brasileirão, o presidente da Câmara seria o
Fluminense", afirmou, referindo-se às supostas "viradas de mesa"
realizadas pelo clube para escapar do rebaixamento. (MSN NOTÍCIAS).
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