DE MACURURÉ NA BAHIA PARA O MUNDO!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

FALSO MÉDICO PRESO NO INTERIOR DA BAHIA TRABALHOU EM MACURURÉ E CHORROCHÓ E COLOCOU EM RISCO A SAÚDE DO NOSO POVO!


Foram apreendidos diversos documentos falsificados em nome de Márcio. Em entrevistá informal o flagranteado informa que desde do ano 2012 vem utilizando esse CRM em diversas cidades baianas, entre elas Monte Santo, MACURURÉ/Chorrochó, Euclides da Cunha, Catolândia

Frank Abagnale Jr. se diz esperto demais para ser pego nas suas trapaças. Com 18 anos apenas, além de advogado e co-piloto, já se fingiu de médico pediatra, em um hospital do estado da Geórgia. Muito bom nos disfarces, usa a habilidade de enganar para golpes milionários. A trajetória de Frank foi vivida pelo ator Leonardo DiCaprio, em Prenda-me se for capaz (Catch Me If You Can), lançado em 2002, com a direção de Steven Spielberg.
Embora a história (baseada em fatos reais) tenha sido roteiro de uma das incríveis narrativas spielberguianas, pode representar indivíduos que oferecem sérios riscos à saúde da população baiana e brasileira, e que atuam, principalmente, nas cidades interioranas: os falsos médicos. O exercício ilegal da profissão na medicina, diferente do que acontece com as estrelas de Hollywood, não tem nenhum glamour na vida real. Pelo contrário, é alvo de fiscalização, rechaçado pela população e é considerado caso de polícia.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), apesar de não possuir o levantamento de denúncias em escala nacional, acompanha as fiscalizações feitas pelos conselhos regionais. Na Bahia, foram contabilizadas pelo Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) várias denúncias, muitas delas encaminhadas ao Ministério Público. Em Pernambuco, também existem inúmeros casos confirmados. Segundo a vice-presidente e coordenadora do Departamento de Fiscalização do Cremeb, a investigação do Conselho, feita por dois médicos fiscais e 27 delegacias, acontece quando surge uma denúncia ou se, durante uma fiscalização regular, é detectada a ação de um falso médico, ou mesmo de médicos com diplomadas sem validade e estudantes. “Assim que é detectado o problema, nós encaminhamos denúncia ao Ministério Público, a quem compete atuar neste caso”, explica uma conselheira. Segundo ela, a ação do Conselho é voltada diretamente ao gestor, diretor técnico, secretário de saúde ou a quem for responsável pela contratação do falso médico. A partir daí, é instaurada uma sindicância e, havendo indícios de infração, inicia-se o Processo Ético Profissional (PEP), respeitando o direito de defesa do acusado. Após o julgamento, o gestor está sujeito a uma pena que varia de uma advertência, passando por uma censura confidencial, pública, suspensão do exercício profissional até a cassação.
O Sindimed também tem participado do combate contra o exercício ilegal da profissão, fazendo a ponte entre os médicos e o Ministério Público, Cremeb e a Polícia Civil, encaminhando as denúncias que chegam ao sindicato, trazidas pelos profissionais. Segundo o vice-presidente do Sindimed, recentemente foram abertas três ações civis públicas impedindo que óticas aviem receitas assinadas por optometristas em Jequié, Poções e Mutuípe, no interior da Bahia. “O sindicato está atento. Todas as denúncias que chegam, nós encaminhamos para que sejam apuradas”, afirmou.

O diretor regional do Sindimed, clínico geral há seis anos em Nordestina, distante 259 km de Salvador, conhece casos de falsos médicos na região. “Vários deles fogem ao serem descobertos, ou não frequentam rotineiramente os plantões para não serem pegos”, diz o médico. Segundo o mesmo, há aproximadamente quatro anos, vem crescendo a quantidade de médicos sem o registro do Cremeb, principalmente na Região do Sisal, que abrange Retirolândia e Valente. Para o médico, o exercício ilegal da profissão no Estado decorre da falta de profissionais, que não aceitam os baixos salários e péssimas condições de trabalho oferecidas pelos gestores, além da deficiência de fiscalização.





Nenhum comentário:

SEGUIDORES DO BEIRA RIO NOTÍCIAS