Com
previsão orçamentária, mas sem repasse financeiro, a maior obra em
execução pelo governo de Alagoas, o Canal do Sertão Alagoano, vai
parar na próxima semana.
Segundo
os responsáveis pela obra, 135 trabalhadores foram demitidos desde
março. Outros 260 trabalhadores devem ser dispensados na próxima
semana.
A
obra está sendo executada no trecho 4 e já estaria quase 90%
concluída. Com o atraso na liberação dos recursos, segundo os
responsáveis, a obra vai parar completamente na próxima semana –
a não ser que os governos do Estado e Federal consigam regularizar
os pagamentos.
A
previsão inicial no Orçamento do Ministério do Desenvolvimento
Regional era liberar cerca de R$ 64 milhões este ano. Deste total,
foram liberados R$ 30 milhões em março.
A
partir da atuação do deputado federal Inaldo Bulhões (MDB-AL), a
bancada federal de Alagoas conseguiu uma suplementação no Orçamento
da obra e a dotação atual para 2019 aumentou em mais R$ 60 milhões
para R$ 124 milhões.
Em
julho, o valor de R$ 60 milhões chegou a ser empenhado, mas o
recurso não foi liberado, segundo informações do Painel do
Orçamento Federal (veja imagem abaixo), atualizada nesta
terça-feira, 10.
Seinfra
confirma risco de paralisação
O
secretário de Infraestrutura do Estado, Maurício Quintella,
confirmou o risco de paralisação da obra do Canal do Sertão.
“Conseguimos empenhar, com a ajuda da bancada federal, R$ 60
milhões em julho, mas os recursos não foram liberados. Como a
empresa vem trabalhando desde março sem receber qualquer repasse, é
possível uma paralisação sim nos próximos dias ou semanas”,
pondera.
Segundo
Quintella, o governo federal tem alegado dificuldades financeiras
para assegurar os repasses de recursos para o Canal do Sertão e
outras obras. “Está realmente difícil realizar obras com recursos
federais. No cado do Ministério (Desenvolvimento Regional), eles tem
priorizado a distribuição de verbas na razão de 65% para habitação
(Minha Casa Minha Vida) e 35% para obras hídricas. O governo, no
entanto decidiu priorizar obras hídricas de execução direta,
a exemplo da Transposição do São Francisco. Com isso, o Canal do
Sertão deve sofrer uma paralisação até que essa situação seja
resolvida”, aponta.
Versão
Segundo
os responsáveis pela obra, o trecho 4 do Canal do Sertão Alagoano
corre sério risco de interrupção nos próximos dias. “Sem
receber recursos oriundos do Ministério do Desenvolvimento Regional
desde março deste ano, cerca de 135 trabalhadores foram demitidos.
Um empenho de R$ 60 milhões chegou a ser feito em julho deste ano,
mas até agora não foi liberado”.
Ainda
segundo os responsáveis, “outros 260 trabalhadores correm o risco
de perderem seus empregos e a obra ser completamente paralisada na
próxima semana, caso a verba não chegue ao seu destino. Seria um
grande prejuízo para a população, que há anos sonha com a água
mais perto de casa. O trecho 4 ja tem quase 90% da obra concluída,
com previsão de término em 2020.”
OZILDO ALVES
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