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terça-feira, 17 de setembro de 2019

Caso Beatriz: advogado de Alisson Henrique fala sobre revogação do pedido de prisão do cliente; em Petrolina-Pe


Alisson Henrique Carvalho Cunha é suspeito de ter apagado as imagens do circuito interno do colégio onde a menina Beatriz foi encontrada morta. Ele estava foragido desde dezembro.

Por TV Grande Rio, G1 Petrolina
Nesta segunda-feira (16), o advogado de Alisson Henrique Carvalho Cunha, Wank Medrado, falou sobre a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que revogou o pedido de prisão contra seu cliente, acusado pela polícia de ter apagado as imagens do circuito interno do colégio particular em Petrolina, no Sertão do estado, onde a menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, de 7 anos, foi encontrada morta com 42 facadas, em dezembro de 2015. O pedido de prisão foi feito em dezembro de 2018. Desde então, Alisson era considerado foragido.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco entendeu que, passados nove meses, não houve qualquer avanço na investigação, essa prisão não deveria perdurar. E aí, procedeu com a revogação por entender que as investigações não conseguiram chegar a um resultado que fosse razoável a respeito da responsabilidade de Alisson com relação a essa acusação de ter apagado as imagens. Exatamente por conta da fragilidade da investigação é que o Tribunal entendeu que deveria revogar a prisão”, afirma o advogado.

Alisson prestava serviços de informática para o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, um dos mais tradicionais de Petrolina. Em dezembro de 2018,o técnico em informática foi acusado de ter apagado as imagens de segurança que poderiam ajudar nas investigações. 


Segundo a defesa, a prisão foi pedida sem que o inquérito tivesse sido concluído.

Wank Medrado reforça que Alisson teria ido ao colégio atendendo a um pedido para que se fizesse um backup das imagens. E que há evidências de que as imagens haviam sido enviadas para a polícia.
Nós acreditamos que deve ter acontecido algum erro no manuseio e, por tanto, houve uma formatação automática para apagar as imagens e não uma ação de alguém. Muito mais por um erro do que propriamente por intenção de apagar. Outra questão que é importante frisar, é que Alisson atendeu a um pedido da escola. Alisson não foi por conta própria no local das imagens e retirou. Ele foi atendendo a pedido de funcionário da escola, especificamente Lorailde e Carlos, que autorizaram a retirada para entrega posterior das imagens a escola”, diz Wank Medrado.


Apesar da revogação do pedido de prisão, o inquérito envolvendo Alisson continua porque o arquivamento depende da conclusão do inquérito policial da morte de Beatriz. Em nota, a Polícia Civil disse que não vai se pronunciar sobre a revogação da prisão. A delegada Poliana Nery responsável pelas investigações, disse que não está autorizada a dar nenhum esclarecimento. O TJPE enviou nota dizendo que o processo segue em segredo de justiça.

O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora se manifestou através de nota, dizendo o seguinte:
"Colégio Nossa Senhora Auxiliadora Petrolina entende que as declarações, apresentadas pelo advogado do ex-prestador de serviço da unidade escolar e confirmadas pela justiça, corroboram com informações anteriormente fornecidas pela Instituição, que apontam que foram disponibilizadas todas as imagens, registradas pelo circuito interno de segurança do colégio, no dia 10 de dezembro de 2015.

Tais declarações também reforçam o posicionamento sempre assumido pelo colégio, de irrestrita colaboração com as investigações para elucidação do caso Beatriz".

Entenda o caso
Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas.

A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.


Em fevereiro de 2016 a Polícia divulgou um retrato falado do suspeito de matar a menina. Em março de 2017 a polícia divulgou um vídeo com imagens detalhadas do suspeito de cometer o crime. Até o momento, quatro delegados ficaram à frente das investigações do assassinato de Beatriz.

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