Uma mãe foi condenada a 123 anos e 18 dias de reclusão, em
regime fechado, por ter acobertado, abusos sexuais praticados durante quase 10
anos por seu marido contra suas duas filhas quando. As vítimas tinham menos de
14 anos e moravam em Itumbiara.
As
filhas não sabiam que estavam sendo abusadas, uma vez que acreditavam que o
padrasto as submetiam a tratamento espiritual. A filha mais nova identificada
apenas como, L.T.S., acabou engravidando do padrasto. A mãe, em juízo, negou as
acusações e disse que ficou surpresa ao saber que o neto era filho de seu
cônjuge.
Em depoimento, a filha mais velha, S.N.P., relatou que foi
abusada pelo padrasto dos 7 aos 18 anos e quando era criança afirmaram que o
tratamento era necessário para curá-la. Ela ainda afirmou que durante o ato, o
seu rosto era sempre tampado e a mãe não presenciava o suposto tratamento.
A
juíza Laura Ribeiro de Oliveira do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) ponderou
na sentença que a mãe praticou os crimes de estupro de vulnerável contra as
vítimas, na condição de participe.
“Restou cabalmente comprovado que a acusada, a pretexto de
realizar tratamento espiritual em suas filhas, deitava as vítimas em uma cama,
cobria seus rostos, para que o seu cônjuge efetuasse a penetração, dizendo que
introduziria uma seringa, consumando a conjunção carnal.
Não bastasse isso, sempre ameaçava as vítimas, dizendo que elas
não poderiam contar para ninguém o que acontecia, inclusive batendo nelas
quando recusavam realizar o indigitado tratamento”, concluiu a magistrada.
http://oumarizalense.com/mae-que-acobertava-abusos-sexuais-de-padastro-contra-filhas-pega-123-anos-de-prisao/
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