Imagem aérea de parte da cidade de Paulo Afonso-BA
(Divulgação)
O prefeito Luiz de Deus (PSD) decretou ‘Situação de
Emergência’ no município de Paulo Afonso, em documento publicado no Diário
Oficial no último dia 22 de junho.
O texto é dramático. Não vivêssemos nós na mesma
cidade, estaríamos agora surpresos, por exemplo, segundo o prefeito, desde
2012, a área rural e urbana ‘teve graves prejuízos de sua atividade produtiva’.
Em 2012, de fato a seca no Nordeste talvez tenha
sido umas das mais agudas da história, porém, de lá para cá, e no que tange à
atividade urbana, é novidade que a falta de chuvas tenha sido um fator que
desequilibrou a cadeia produtiva.
Qual produção foi atingida na área urbana? Não há
no texto um mísero exemplo. Aliás, para além do comércio – que até onde se sabe
não tem relação com feijão ou milho – salvo hortifrúti comercializado nas
feiras e supermercados – a escassez de chuva, segundo aponta a emergência
deixou sérios danos.
A SAÚDE E A SUBSISTÊNCIA DAS PESSOAS DA ÁREA RURAL
A partir deste decreto, em resposta ao ‘desastre’
ocorrido em Paulo Afonso – sem que 120 mil habitantes o tenham notado – os
órgãos municipais, bem como voluntários vão participar de uma intensa
campanha para arrecadar recursos junto a comunidade com objetivo de facilitar
ações de assistência à população afetada pela seca.
Então tem-se o seguinte: no ano em que o
município tem o maior orçamento da história, cerca de R$ 280 milhões, a
prefeitura quer que o ‘povo’ ajude às comunidades rurais que estão sofrendo com
a seca desde 2012. Interessante que o predecessor de Luiz, Anilton Bastos
(PDT), nunca tenha pensando em semelhante ideia.
ATENÇÃO: COM A ‘TRAGÉDIA’, HAVERÁ DISPENSA DAS
LICITAÇÕES
Como estamos numa situação de emergência, e a lei
garante nestes casos, a prefeitura irá dispensar o processo de licitação para
adquirir prestação de serviços, de obras e de bens necessários à
reabilitação dos cenários catastróficos.
A NOVIDADE
Sempre se soube que Paulo Afonso não explorava seu
potencial agrícola como poderia, com tanta terra e água boa, agora, pelo decreto
de Luiz de Deus se descobriu uma grande produção, ainda não se sabe do que
exatamente: se deixamos de produzir milho, ou feijão, ou quem sabe batatas?
Diante da tragédia havida na área rural, é bom que se descubra logo.
OZILDO ALVES
Nenhum comentário:
Postar um comentário