Por
3 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou
a volta do goleiro Bruno Fernandes à prisão.
Condenado em primeira instância pela morte da ex-namorada Eliza Samudio, o jogador foi solto em
21 de fevereiro por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do
mesmo STF. Na última quinta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu à Corte a revogação da
decisão que colocou o atleta em liberdade.
Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo
assassinato e ocultação do cadáver de Eliza, com quem teve um
filho. Atualmente, Bruno é contratado pelo Boa Esporte, time da segunda divisão
de Varginha, em Minas Gerais. Diversos patrocinadores do clube mineiro
rescindiram os contratos devido a contratação do goleiro.
O ministro Alexandre de Moraes,
relator do caso, foi o primeiro a se manifestar contra a decisão de Marco
Aurélio – ele foi seguido pela ministra Rosa Weber e Luiz Fux. Marco Aurélio
defendeu a concessão do habeas corpus em razão do tempo que o goleiro aguarda
na prisão (quase sete anos) pelo julgamento de um recurso no Tribunal de
Justiça de Minas Gerais. “Nada justifica
prisão processual de seis anos e sete meses”, afirmou o ministro. O ministro
Luís Roberto Barroso, que também integra a Primeira Turma da Corte, está viajando
e não participou da sessão.
No pedido de revogação do habeas
corpus, Janot argumentou que a própria defesa contribuiu para o eventual
prolongamento do prazo para julgamento da ação. “Anote-se que a execução
provisória da pena se deu a pedido da própria defesa, na ocasião do recurso de
apelação. Isso reforça a ausência de prejuízo ao sentenciado”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário