Mais de sete mil pacientes diabéticos de
16 municípios baianos participarão de um programa internacional desenvolvido
pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab)
Mais de sete mil
pacientes diabéticos de 16 municípios baianos participarão de um programa internacional
desenvolvido pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio do Centro de
Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (Cedeba), em parceria com a
Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a World Diabetes Fundation (WDF). A
iniciativa busca desenvolver ações de prevenção primária e evitar complicações
macro vasculares até 2019 e também qualificar mais de 800 profissionais de
saúde.
O
termo de compromisso para a implantação do programa, que terá um investimento
de mais de R$1,5 milhão, foi assinado na quarta-feira (22), em cerimônia com a
presença do secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, da diretora geral
do Cedeba, Reine Chaves, e de representantes dos 16 municípios.
“Entendemos
que o caminho para a redução do diabetes passa pelo controle dos fatores de
risco - obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e o consumo de álcool.
Já para os pacientes diagnosticados é importante garantir o acesso ao
tratamento para evitar as complicações que reduzem a qualidade de vida do
paciente - cegueira, amputações, doenças renais - e trazem problemas para a
família, além de terem um custo muito alto”, afirmou o secretário, ao apontar
os benefícios da iniciativa estadual.
Entre
os critérios de seleção dos municípios, destacam-se a necessidade de cobertura
maior que 50% do Programa de Saúde da Família, cobertura de 100% do Programa de
Agentes Comunitários de Saúde, população com grande vulnerabilidade social
concentrada em áreas urbanas e a existência de uma rede de saúde que fortaleça
a política de atenção ao diabetes. São eles – Paulo Afonso, Abaré, Macururé,
Chorrochó, Rodelas, Glória, Santa Brígida, Pedro Alexandre, Jeremoabo, Cícero
Dantas, Dias D’Ávila, Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Alagoinhas e
Ribeira do Pombal.
Reine
Chaves disse que um projeto como este busca diminuir os indicadores de
complicações por conta das diabetes. “Quando capacitamos os profissionais, eles
atuam de melhor forma com o paciente diabético, indicando o tratamento correto
com base em protocolos clínicos”. Ela ainda enfatizou ser possível reduzir
internações quando o paciente é acompanhando de forma adequada.
O
treinamento dos profissionais começa no mês de maio próximo, em Salvador, e em
julho, na regional de Paulo Afonso (Vale do São Francisco). É uma capacitação
de cinco dias. Uma equipe do Cedeba também irá monitorar os profissionais para
avaliar os resultados alcançados pelo projeto. Ao longo do tempo, a ideia é que
haja expansão para outros municípios.
Risco
de amputação
Nos
pacientes diabéticos, a incidência de ulceração é de 25%, em razão do pé
diabético (definido como infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles
associados a alterações neurológicas e a vários graus de doença arterial
periférica nos membros inferiores). E 85% das úlceras precedem as amputações,
caracterizando importante problema de saúde pública.
Uma
das principais complicações do diabetes sem controle, o pé diabético responde
por 40 a 60% das amputações não – traumáticas. Quando os pacientes diabéticos
sofrem amputações são encaminhados para o Centro Estadual de Prevenção e
Reabilitação de Deficiências (Cepred), unidade da Sesab. A demanda por próteses
no Cepred reflete o número de amputações tendo como causa o pé diabético.
SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADA DA BAHIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário