Texto compartilhado no Whatsapp lista providências a serem tomadas.
Sociedade Brasileira de Cardiologia diz que mensagem tem credibilidade.
Uma mensagem que circula pelo Whatsapp faz um alerta para
que as pessoas mantenham aspirina na cabeceira da cama no caso da iminência de
um ataque cardíaco. Ela é verdadeira.
A mensagem aponta como sintomas de ataques cardíacos dor
no braço esquerdo, dor intensa no queixo, náuseas e suores abundantes. Segundo
a mensagem, diante da dor no peito, é importante dissolver imediatamente duas
aspirinas na boca e engolir com um pouco d'água. Em seguida, ligar para os
serviços de emergência.
A mensagem merece credibilidade, segundo o médico Celso
Amodeo, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O texto recomenda ainda que a pessoa sente em uma cadeira ou
em um sofá e force uma tosse para fazer o coração "pegar no tranco".
Mensagem sobre
providências contra infarto circulam no Whatsapp
Segundo Amodeo,
a aspirina funciona como um antiagregante plaquetário e ajuda a evitar o
agravamento de um possível infarto, provocado pelo entupimento das artérias.
A aspirina só não é recomendada caso haja uma
contraindicação médica (como em caso de alergia ou hipersensibilidade, por
exemplo).
Amodeo afima ainda que o ato de tossir pode, de fato,
estimular o coração, revertendo o agravamento de uma arritmia. Ele ressalta, no
entanto, que não é qualquer dor no peito que demanda esse tipo de recurso nem
que esse expediente seja a principal medida a ser tomada nesses casos.
O médico citado na mensagem, o cardiologista Enio
Buffolo, também confirma as orientações dadas.
Ao G1 ele diz que não escreveu o texto, mas
afirma que as recomendações foram dadas em algum momento em que atendia um
paciente e que alguém se encarregou de preparar uma mensagem de alerta. Segundo
o médico, o compartilhamento sem fim fez com que ele recebesse telefonemas até
da Califórnia (EUA) questionando sobre a veracidade do texto.
‘É ou não é?’, seção de
fact-checking (checagem de fatos) do G1, tem como objetivo conferir os
discursos de políticos e outras personalidades públicas e atestar a veracidade
de notícias e informações espalhadas pelas redes sociais e pela web. Sugestões
podem ser enviadas pelo VC no G1,
pelo Fale Conosco ou pelo Whatsapp/Viber, no
telefone (11) 94200-4444, com a hashtag #eounaoe.
G1/BA
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