quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
PARA EVITAR ESTUPRO, FAMÍLIAS SÍRIAS PEDEM PERMISSÃO PARA MATAR ESPOSAS E FILHAS
Moradores
da cidade de Aleppo, na Síria, estariam pedindo autorização a líderes
religiosos para matar suas esposas e filhas com o objetivo de evitar estupros
de forças militares do regime de Bashar al-Assad, de integrantes do Hezbollah
ou de milícias iranianas. De acordo com informações de agências internacionais,
os relatos ganharam força com a divulgação de uma carta supostamente escrita
por uma enfermeira da cidade. “Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve
serão violadas. Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós e os
animais que estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Eu não quero nada
de você. Nem mesmo suas orações. Ainda sou capaz de falar e acho que a minhas
orações são mais verdadeiras do que as suas. Tudo o que peço é que não assuma o
lugar de Deus e me julgue quando eu me matar. Eu vou me matar e não me importo
se você me condenar ao inferno! Estou cometendo suicídio porque não quero que
meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar
o nome de Aleppo dias atrás. E quando você ler isso saiba que eu morri pura
apesar de toda essa gente”, diz a carta. Segundo o jornal britânico “Metro”,
ela era endereçada a líderes religiosos e da oposição. Aleppo tem sido palco de
uma intensa disputa entre forças do governo de Bashar al-Assad e rebeldes.
O
embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, anunciou na noite desta
terça-feira (13) que soldados do governo sírio retomaram o controle das últimas
partes da cidade que estavam sob domínio dos rebeldes.
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