O grupo Petrópolis, dono da cerveja Itaipava, também pode
estar na lista das envolvidas no esquema de corrupção investigado pela Operação
Lava Jato. De acordo com a revista Istoé, delações feitas por executivos da
Odebrecht apontam que a cervejaria, sob comando do empresário Walter Faria, era
“parceira” da empreiteira na distribuição de propina para políticos. Uma das
planilhas apreendidas pela Polícia Federal com o diretor-presidente da Odebrecht,
Benedicto Barbosa Júnior, teria a palavra manuscrita “Itaipava” ao lado do nome
do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Na campanha de
2014 de Pezão, o grupo Petrópolis doou R$ 6,6 milhões ao comitê de campanha do
PMDB do Rio e outros R$ 4 milhões para a direção estadual do partido. Os
detalhes sobre a forma de operação da cervejaria para a intermediação dos
pagamentos ainda serão descritos nos próximos dias. Porém, os executivos teriam
colocado sob suspeita a construção de três fábricas do grupo, feitas pela
Odebrecht na Bahia, Mato Grosso e Pernambuco. As obras seriam uma “moeda de
troca” pelo pagamento de propina, em que a empreiteira cobraria valores menores
do que o custo real. Procurado pela procuração, o grupo Petrópolis afirmou que
“fez exclusivamente doações eleitorais legais e devidamente registradas no
TRE”, mas não comentou se as doações foram determinadas pela parceria com a
Odebrecht.
BAHIA NOTÍCIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário