Mevlüt
Mert Altintas, o jovem policial turco que matou o embaixador russo em Ancara,
trabalhou oito vezes como segurança protegendo o presidente Recep Erdogan desde
julho de 2016, de acordo com declarações da imprensa local nesta terça-feira
(20).
Sob a lente de câmeras, Mevlüt Mert Altintas, um policial de 22
anos, matou com nove disparos de revólver nesta segunda-feira (19) o embaixador
russo em Ancara, Andrei Karlov, antes de se suicidar.
De acordo com um colunista de um jornal turco, o jovem policial
que serviu em Ancara na polícia de choque durante dois anos e meio era um
membro do dispositivo de segurança que cerca o presidente Erdogan, tendo
trabalhado oito vezes em sua segurança pessoal desde o golpe fracassado de
julho de 2016. "Ele era um membro da equipe que garantia a segurança do
presidente", escreveu Abdulkadir Selvi, um jornalista que conhece bem os
bastidores do governo turco.
Após
atirar no embaixador russo, Mevlüt Altintas gritou "Allah Akbar (“Deus é
grande", em árabe) e disse que o ato se destinava a vingar a cidade síria
de Aleppo. Apesar destas declarações parecerem ligar o assassinato à situação
na Síria, o chefe da diplomacia turca disse a seu homólogo norte-americano que
Moscou e Ancara "sabem" que Fethullah Gülen, principal opositor do
presidente turco, “está por trás" do assassinato. Gülen, no entanto, nega
categoricamente a informação e disse que ficou "chocado e
entristecido" com o assassinato do embaixador russo.
De acordo com a imprensa turca, as autoridades mantém sob custódia
13 pessoas nesta quarta-feira (21), incluindo vários parentes e pessoas
próximas ao atirador.
Numa iniciativa inédita, a Turquia aceitou a participação de 18
investigadores russos enviados por Moscou e que participaram em Ancara da
autópsia do embaixador Andrei Karlov, cujo corpo foi repatriado nesta
terça-feira (20) para a Rússia.
MSN NOTÍCIAS
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