O secretário
estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, defendeu há pouco
a decisão da Polícia Civil de não pedir ainda a prisão preventiva dos suspeitos
de estuprar uma adolescente de 16 anos no sábado passado na zona oeste da
cidade e depois divulgar o crime na internet. Segundo ele, se a prisão não foi
pedida, é porque faltou algum “detalhe” jurídico.
“Existe
um delegado à frente da investigação e se ele não o fez é porque não reuniu
subsídios para isso. Ou se prende em flagrante ou mediante mandato. Tem que
consubstanciar esse pedido”, afirmou Beltrame, em entrevista coletiva, ao lado
do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes.
Beltrame
admitiu que a falta da prisão preventiva pode permitir a fuga dos suspeitos.
“Mesmo assim, para que se peça a prisão preventiva, ela tem que ser bem
fundamentada”, afirmou Beltrame, reafirmando que, se a prisão não foi pedida, é
porque, “juridicamente”, faltam “detalhes”.
'A adolescente é
vítima'
Embora
tenha defendido a decisão do delegado da Polícia Civil que apura o caso da
adolescente de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo no último sábado
(21) na zona oeste do Rio, o secretário estadual de Segurança Pública do Rio,
José Mariano Beltrame, enfatizou que a jovem deve ser tratada como vítima.
“Seja
uma pessoa, sejam 30, a adolescente é vítima e assim ela tem de ser tratada”,
afirmou Beltrame.
O
secretário demonstrou confiança de que os criminosos serão identificados e
presos pela polícia, tanto os responsáveis pelo estupro quanto pessoas que
tenham divulgado ou repassado pela internet e por redes sociais as imagens do
crime, gravadas em vídeo.
Beltrame
informou ainda que a Secretaria de Segurança ofereceu proteção à família da
vítima. “Já foi oferecida proteção desde hoje cedo, mas ainda não há
manifestação formal por parte dela (da família)”, disse o secretário.
MSN NOTÍCIAS
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