A Polícia Federal
deflagra na manhã desta segunda-feira a 29ª etapa da Operação Lava-Jato.
Agentes cumprem mandados em Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Batizada de
“Repescagem”, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um
mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária nessas
cidades.
Os
mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba/PR em procedimento
que investiga os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e
corrupção passiva a ativa envolvendo verbas desviadas do esquema criminoso
revelado no âmbito da Petrobras.
Um
dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro
do Partido Progressista. Foi, juntamente com o deputado, denunciado no esquema
do mensalão — daí o nome “Repescagem”, acusado de sacar cerca de R$ 1, 1 milhão
de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda.,
controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares
federais do Partido Progressista, no escândalo do mensalão.
Naquele
feito, foi condenado no julgamento pelo Plenário do STF por corrupção e
lavagem, mas houve prescrição quanto à corrupção e, quanto à lavagem, foi ele
posteriormente absolvido no julgamento dos sucessivos embargos infringentes sob
o argumento de atipicidade.
“Surgiram,
porém, elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema
criminoso que vitimou a Petrobras, motivo pelo qual passou a ser investigado
novamente na Operação Lava Jato, onde as investigações apontam que ele continuou
recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do Mensalão
e após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de
2013”, diz nota enviada pela PF na manhã desta segunda.
Os
presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a PF em
Curitiba. Maiores informações serão dadas numa coletiva de imprensa às 10h, em
Curitiba.
Maiores
informações serão dadas numa coletiva de imprensa às 10h, em Curitiba.
A 28ª fase foi deflagrada em 12 de
abril. Batizada de Vitória de Pirro, focou na cobrança de propinas para evitar
convocação de empreiteiros em comissões parlamentares de inquérito sobre a
Petrobras em 2014 e 2015. Foram presos o ex-senador Gim Argello, o assessor
dele Paulo Cesar Roxo Ramos e o secretário-geral da Câmara Legislativa do
Distrito Federal Valério Neves Campos. Os dois últimos tiveram a prisão
temporária vencida e foram soltos.
Gim cumpre mandado de prisão
preventiva e está detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais. Paulo Roxo
também está detido no complexo médico.
Gim, à época, era membro da CPI no
Senado e vice-presidente da CPMI, da Câmara e do Senado. Ele foi senador entre
2007 e 2015. O nome da operação significa uma vitória obtida a alto custo.
O nome de Argello pareceu nas
delações do ex-senador do PT Delcídio do Amaral, cassado, do dono da UTC,
Ricardo Pessoa.
MSN NOTÍCIAS
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