Entre os 71 carros
enfileirados a espera para ser atendido pelo vice-presidente Michel Temer, no
Palácio do Jaburu, entre as 15h e 19h de ontem, um deles era do deputado
federal Mário Negromonte Jr., do PP da Bahia.
O
encontro, que durou poucos minutos, pode não ter surtido o efeito que o
peemedebista esperava. Mário Jr. deve fechar questão contra o impedimento da
presidente Dilma Rousseff.
Antes
de conversar com Temer, o pepista já havia hipotecado apoio a Dilma por meio do
ministro Jaques Wagner.
Na
noite desta quinta-feira (14), os deputados federais da Bahia, com exceção da
oposição, se reúnem com o governador Rui Costa para amarrar as últimas questões
sobre o voto. O encontro acontecerá na casa de Ronaldo Carletto (PP).
Rui
viaja a Brasília com o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, e o
presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PSL).
Especulações
que circulam em Brasília dão como certo que deputados com nome implicados na
Operação Lava Jato está condicionando apoio a Temer a uma possível freada na
operação, caso Temer assuma a presidência da República, com o impedimento de
Dilma.
Mario
Negromonte Jr. foi indiciado pela Polícia Federal, juntamente com seu pai, o
conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o ex-ministro das
Cidades, Mário Negromonte, e o deputado federal Roberto Britto (PP-BA).
Todos
foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e
organização criminosa. A Mario Negromonte Júnior também foi imputado crime de
ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações da Lava Jato,
fazendo ameaça velada à integridade física do ex-deputado João Argolo e seus
familiares na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada.
Por Cíntia Kelly (@cintiakelly_) | Bocão News - Fotos: Reprodução
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