O número
de pessoas privadas de liberdade no Brasil chegou a 622.202 em dezembro de
2014. Em dezembro de 2013, eram 581.507, o que mostra que a população
carcerária aumentou 7% em um ano (40.695 detentos a mais). Cerca de 40% dos
presos brasileiros são provisórios, ou seja, ainda não foram julgados em
primeira instância. Mais da metade da população carcerária é formada por
negros, e o tráfico de drogas foi crime que mais levou os detentos à prisão. Os
dados são do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) e
foram divulgados nesta terça-feira (25) pelo Departamento Penitenciário
Nacional (Depen), do Ministério da Justiça. Segundo a Agência Brasil, o Brasil
tem a quarta maior população penitenciária do mundo, atrás dos Estados Unidos
(2,2 milhões, ano de referência 2013), China (1,65 milhão, ano de referência
2014) e Rússia (644.237, ano de referência 2015). O país, contudo, tem déficit
de 250.318 vagas. O diretor-geral do Depen, Renato De Vitto, disse que o
crescimento constante da população carcerária no Brasil preocupa e cita que, em
25 anos, o número de pessoas privadas de liberdade saltou de 90 mil para 622
mil. Segundo De Vitto, é preciso combinar medidas como políticas de educação e
trabalho e penas alternativas para buscar a redução. “A taxa de encarceramento
no Brasil tem crescido de forma anômala em relação ao que vem ocorrendo nos
países que mais prendem no mundo”, informou. De acordo com o diretor-geral,
apenas o encarceramento como política de segurança não resulta na redução das
taxas de criminalidade. "Se não cuidarmos desse aumento expressivo da
população prisional, qualquer arranjo de gestão pode parecer insuficiente”,
acrescentou.
Bahia Notícias
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