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sexta-feira, 8 de abril de 2016

CASO BEATRIZ-PERITO DIZ QUE AS INVESTIGAÇÕES DO ASSASSINATO DE BEATRIZ, TEM QUE SER REFEITO.

Mesmo diante de tantas polêmicas e até da recusa da Polícia Científica de Pernambuco, um dos peritos criminais mais famosos do País, George Sanguinetti, continua apontando ‘lacunas’ nas investigações do assassinato da  menina Beatriz Angélica, morta dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina.

Em entrevista na manhã de hoje (7), Sanguinetti voltou a se pronunciar sobre o resultado do laudo divulgado numa coletiva pela Polícia Civil de Pernambuco e afirmou que toda  a investigação precisa ser refeita.

“Petrolina tem um crime bárbaro desse, o maior que já houve, nós não temos nem o motivo. Por que mataram a criança com 42 facadas? É doença mental ou é crime passional? Veja o recado que mandaram para um desafeto. Quem lucrou com a morte da menina? Então nestas perguntas teremos respostas. Temos que partir do início. Temos que começar tudo de novo. Toda investigação precisa ser refeita. Sei que provas técnicas não foram realizadas. DNA só se foi da menina”, disse em entrevista ao programa ‘Manhã no Vale’, da Rádio Jornal Petrolina.

Ainda sobre as investigações da polícia na cidade, o perito disse que o caso será resolvido através de rastros deixados pelo (s) criminoso (s) e que o tempo é fator decisivo para a elucidação do crime.

“Este caso será resolvido com rastros que o autor deixou no local. Sempre há troca de materiais e digitais. O tempo trabalha contra nós. Daí quando insisti em ajudar é por conta disso. Eu verifico hipóteses que não são comprovadas tecnicamente”, disse.

Provas técnicas

Um dos principais questionamentos de Sanguinetti é acerca da ausência de provas técnicas que levaram a polícia a afirmar que Betriz foi assassinada em um local diferente daquele onde seu corpo foi encontrado.

“Foi dito pelo perito em coletiva que Beatriz foi morta em outro local e depois colocada naquela sala. Então veja: Só foram vinte minutos de ausência da criança. Então estes criminosos só tiveram vinte minutos para agir. Porque razão eles iriam matar ela em um local e conduzir para outro, podendo ser vistos? A polícia disse ainda que ela foi transferida num saco plástico. Este saco deixa sinais na epiderme da criança e não houve a prova técnica, então o que eu cobro é exatamente a prova técnica o que levou o perito a dizer que ela foi morta em outro local. No chão foi encontrado sangue? Exatamente o quê? ” , questiona.

Sobre a divulgação de um retrato falado do suposto assassino, o perito também discorda de sua eficácia e garante que a divulgação não tem trazido resultados à elucidação do crime.  “O retrato falado não adianta porque há muitas pessoas parecidas e não tem trazido resultado. Eu quero é prova técnica é isso que necessitamos”, reafirma.

A Polícia Civil de Pernambuco já garantiu que só se pronunciará novamente sobre o Caso Beatriz na apresentação do inquérito.


Sanguinetti participou das perícias nas mortes de PC Farias, ex-tesoureiro de campanha do então candidato a presidente Fernando Collor de Melo, em 1992, em Maceió (AL), e da menina Isabella Nardoni, em 2008, em São Paulo (SP).
Carlos Britto/CHORROCHÓ EM FOCO

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