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Polícia Federal encontrou uma sala-cofre em uma agência do Banco do Brasil, em
São Paulo, que guarda bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acervo
está guardado em 23 caixas lacradas desde janeiro de 2011 - mês em que o
petista deixou a presidência. No total, são 133 itens, incluindo joias e obras
de arte que o ex-presidente recebeu de outros governantes enquanto estava no
cargo. A descoberta foi comunicada pela PF ao juiz federal Sergio Moro em
relatório que inclui fotos do local e de algumas peças.
Entre os itens
encontrados no cofre está um crucifixo barroco. Segundo a coluna Radar, a obra esculpida por
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, desapareceu do Planalto depois da
mudança de Lula.
O cofre localizado no
Banco do Brasil da Rua Líbero Badaró foi encontrado casualmente pela PF.
Durante buscas na residência de Lula, em São Bernardo do Campo, em 4 de março,
dia em que o petista foi conduzido coercitivamente pela PF para depor na Lava
Jato, os agentes encontraram um documento que fazia referência ao cofre. Ao
encontrar a pista, a PF pediu a Moro autorização para estender a busca para o
Banco do Brasil, e o juiz consentiu.
"Foram
encontradas nas caixas de papelão, de modo geral, peças decorativas, espadas,
adagas, moedas, canetas e condecorações", diz o relatório da PF, subscrito
pelo delegado Ivan Ziolkowski, que ilustrou o documento com fotos de peças do
acervo. O relatório informa que "as caixas foram depositadas no dia 21 de
janeiro de 2011 e foi informado que pertenciam à Presidência da República.
Durante todo esse período o material não foi movimentado ou alterado. Relatou
ainda que não há custo de armazenagem para o responsável pelo material."
(Com
Estadão Conteúdo)
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