O
presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Junior, falou à
força-tarefa da Operação Lava Jato de conversas com Marcelo Odebrecht sobre
doações eleitorais a Aécio Neves (PSDB-MG) em novembro de 2014, um mês depois
da eleição presidencial na qual o senador saiu derrotado. Segundo a Folha de S.
Paulo, a Polícia Federal acredita que as mensagens comprovam "a noção de
que Benedicto é funcionário acionado por Marcelo para a tratativa de assuntos
escusos, certamente não se limitando a obter recursos para financiamento
oficial de campanhas eleitorais". No final de fevereiro, Beneticto se
entregou à polícia depois de um mandado de prisão temporária ser expedido
contra ele na 23ª fase da Operação Lava Jato. Na sua oitiva, ele ainda
mencionou a preocupação de Aécio com a possível investigação contra o
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ) e com as
investigações relacionadas a Márcio Faria, ex-executivo da Odebrecht preso na
Lava Jato.
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