Eram sete e meia da
manhã desta terça-feira quando a aeronave de matrícula PR-BSI quase se chocou
com um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) no aeroporto de Brasília. O modelo
B 300 da Beech Aircraft está registrado em nome da Polícia Federal e, segundo
informações preliminares da FAB, descumpriu a trajetória prevista, ignorou as
orientações do controlador de voo e, ao decolar, fez uma curva para o lado
oposto ao estabelecido na carta de voo.
O
avião se preparava para viajar até Guarulhos (SP), onde o marqueteiro de
campanhas petistas João Santana se entregaria às autoridades. O publicitário e
consultor da presidente Dilma Rousseff estava na República Dominicana, onde
trabalhava na campanha à reeleição do presidente Danilo Medina, quando recebeu
uma ordem de prisão.
Santana
teve a prisão decretada por ordem do juiz Sergio Moro após investigadores da
Operação Lava Jato terem encontrado indícios de que ele recebeu pelo menos 7,5
milhões de dólares em contas secretas no exterior.
A
Força Aérea Brasileira ainda não sabe precisar a distância em que as duas
aeronaves ficaram e nos próximos dias deve ouvir os pilotos e o controlador
sobre o incidente.
Ao
perceber o erro no trajeto do avião da Polícia Federal, o controlador repreende
os pilotos da aeronave que buscaria João Santana em São Paulo.
"Bravo-Serra e Índia (PR-BSI), a sua decolagem deveria ter iniciado a
curva à direita, 4,1 mil pés", diz. O erro foi confirmado pelo piloto da
FAB: "A aeronave iniciou curva à direita, a saída nossa ficou conflitante
com esse tráfego, ok? Não tem mais como fazer essa saída aqui com essa aeronave
decolando".
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