A garota de programa Gabriela, de 30
anos, mandou sua mensagem ao presidente do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima,
após sua entrevista ao jornal O Globo desta quarta-feira (20), onde declarou
que “tinha de tratar com todo mundo, com empresário, com jornalista, com puta,
com viado” ao justificar sua atuação a favor da empreiteira OAS
quando era vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica.
Em entrevista ao jornal Extra, as
profissionais do sexo, insatisfeitas com o tom, reprovaram a declaração.
"Os políticos não estão nem aí
pra gente, não era nem para ele estar falando da minha classe", disse
Gabriela, que trabalha na área há 13 anos "Só estou dando o que é meu, de
forma honesta, ao contrário de muitos políticos que estão roubando".
Josi, de 32 anos, afirma que a
declaração é discriminatória. "Ele acha que puta não vota, é? Foi muito
preconceituoso, esse político não sabe a realidade de cada uma aqui. Com o
dinheiro que ganho aqui, sustento dois irmãos e dois filhos sozinha, sem
prejudicar ninguém".
Para a escritora, sexóloga e
ex-garota de programa Vanessa de Oliveira, a declaração de Geddel é infeliz,
mas não é nenhuma surpresa: "Ele é um político que supostamente está
metido em corrupção, qual é a surpresa de ele faltar ao respeito com os seres
humanos? Muitas garotas de programa têm mais caráter do que ele".
As palavras de Geddel não ofenderam
só as garotas de programa. O diretor da grupo LGBT Atobá, do Rio de Janeiro,
Carlos Alberto Migon acha que o comentário é desrespeitoso e uma maneira de
desviar a atenção de um possível escândalo de corrupção: "Nosso grupo não
se sente representado por ele. Não adianta nos colocar para baixo, isso não vai
aliviar sua barra", disse.
Dizendo-se arrependido após a
repercussão dos comentários, o político pediu desculpas em seu Twitter, nesta
quarta-feira (20).
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