Na condição de
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) concedeu ao
senador Fernando Collor (PTB-AL) "ascendência" sobre a BR
Distribuidora, subsidiária da Petrobras, "em troca de apoio político à
base governista no Congresso Nacional", por volta de 2009. A afirmação é
do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conforme informações da Folha
de S. Paulo.
Janot diz ainda que na BR
Distribuidora foi criada ao menos entre 2010 e 2014 "uma organização
criminosa preordenada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito
particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro".
Segundo reportagem de Aguirre Talento
e Rubens Valente, afirmações integram a denúncia protocolada no STF contra o
deputado federal Vander Loubet (PT-MS), sob análise do ministro Teori Zavascki.
Lula não é alvo da acusação da Procuradoria.
Em nota, o Instituto Lula afirmou que
os diretores da Petrobras e da BR Distribuidora "foram indicados por
partidos". O instituto sustentou ainda que Lula não foi responsável pela
indicação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a uma diretoria da BR
Distribuidora e que nunca tratou "com qualquer pessoa sobre supostos
empréstimos ao PT".
Na nota, Lula afirma que fez apenas
"duas indicações pessoais na Petrobras: os ex-presidentes José Eduardo
Dutra e José Sérgio Gabrielli". "Os demais diretores da estatal e de
empresas controladas foram indicados por partidos", diz.
A defesa do senador Fernando Collor
(PTB-AL) disse que as acusações são "falsas" e afirmou que suas
relações "com instituições públicas sempre se deram exclusivamente em
caráter institucional, no desempenho da função de senador da República e na
defesa dos interesses do Estado de Alagoas, tudo no legítimo exercício da
representação parlamentar".
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