Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Alvo da Operação Lava
Jato, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios na Bahia, Mário
Negromonte é suspeito de ter operado um esquema que renderia vantagens
econômicas de R$ 25 milhões a serem repartidos entre partidos políticos. A
investigação corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde maio. O
ex-ministro das Cidades é o novo alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Petrobras.
O
novo pedido de convocação foi apresentado pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP).
No documento, que já foi protocolado na presidência da comissão, Valente
argumenta que Negromonte deve explicar denúncias de que partidos políticos se
beneficiavam de propina originada do esquema de corrupção na Petrobras para
financiar campanhas, de acordo com informações publicadas pela coluna Satélite,
do jornal Correio.
Negromonte,é
suspeito de conduzir tratativas enquanto ministro para implementar no Brasil um
sistema nacional de rastreamento de veículos pelo Departamento Nacional de
Trânsito (Denatran). As suspeitas partiram após delação do doleiro Alberto
Youssef, que relatou que ocorreram ao menos três reuniões para tratar do
assunto. De acordo com o doleiro, os valores seriam repartidos entre PP e PT,
"eis que no Ministério havia representantes dos dois partidos".
Ele
é ainda suspeito de ter negociado com o doleiro e um sindicato da área qual
empresa seria responsável pelo sistema nacional. Mário Negromonte ficou à
frente do Ministério das Cidades entre 1º de janeiro de 2011 e 2 de fevereiro
de 2012, época em que estava sendo discutida a implantação de resolução do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que obrigava a instalação de radares
antifurto em todos os veículos novos.
Investigadores
apontam ainda que Youssef relatou que Negromonte foi autor de projeto de lei
para determinar que todos os carros saíssem de fábrica com rastreadores, quando
exerceu mandato de deputado na Câmara. O doleiro disse acreditar que desde a
apresentação do projeto de lei o ex-ministro já estava "imaginando o
futuro acordo com as empresas de rastreamento". O próprio Youssef disse
considerar o negócio atrativo e admitiu ter investido em uma empresa do
segmento.
O
gabinete do político recebeu agentes da Polícia Federal no dia 14 de julho
deste ano. A casa do ex-ministro também foi alvo da operação.
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