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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

AGRICULTORES DO SERTÃO RECEBEM PALMA MAIS RESISTENTE À PRAGA

Planta serve para alimentação de rebanho durante a estiagem.

Agricultores também estão aumentando a renda familiar com o plantio.

Palma Orelha de Elefante (Foto: IPA Petrolina/Divulgação)
Uma alternativa para alimentação forrageira do rebanho, a palma, uma espécie de planta da Caatinga, é muito utilizada durante os períodos de estiagem no Sertão pernambucano. Porém com o ataque da principal praga, a colchonilha, parte do plantio era dizimado. Para tentar solucionar o problema, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) desenvolveu há três anos uma variedade modificada da planta, mais resistente à seca e à praga.
Animais alimenta-se da planta no período da estiagem (Foto: IPA Petrolina/Divulgação)Animais alimenta-se da planta no período da
estiagem (Foto: IPA Petrolina/Divulgação)
A nova palma é a Orelha de Elefante Mexicana e a variedade já começou a ser distribuída aos criadores de animais neste ano. As raquetes ou mudas são entregues anualmente pelo Instituto que atua em seis municípios: Petrolina, Orocó,Santa Maria da Boa VistaLagoa Grande,Dormentes e Afrânio, todos no Sertão do estado.
Este ano foram cortadas e estocadas 216 mil raquetes e somente em Petrolina, estão sendo distribuídas 36 mil. Os interessados em adquirir as mudas devem fazer o cadastro nas associações de sua cidade ou ir à sede do IPA. A prioridade é que as plantas sejam voltadas para criadores da agricultura familiar que morem em área de sequeiro.
Palma é plantada por agricultores para aumentar a renda familiar (Foto: IPA Petrolina/Divulgação)Palma é plantada por agricultores para aumentar a renda familiar (Foto: IPA Petrolina/Divulgação)
Além de servir como forragem, as palmas Orelha de Elefante Mexicana também estão servindo para aumentar a renda de agricultores. Alguns deles estão destinando parte da área para a plantação da variedade. “Temos um exemplo de um agricultor que pegou conosco apenas uma folha e atualmente planta um hectare da palma. Ele alimenta seu rebanho, dá parte aos vizinhos que não têm e ainda consegue vender a R$ 1 cada folha. Ele já conseguiu comercializar duas mil folhas”, disse o supervisor regional do IPA, Marcos Henrique Jerônimo.
A distribuição das raquetes de palma é feita uma vez ao ano, segundo Jerônimo, e acontece sempre neste período quando começa a chover no Sertão pernambucano. A previsão é de que todo o estoque seja distribuído até o início de março.

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